Véu negro...
Véu que cobre a face,
E encobre os lamentos...
Véu que cobre a 'felicidade',
E esconde a personalidade...
Mas existe felicidade?
Ah... Não creio!
A felicidade precisa ser descoberta!
Mas uma coisa eu sei
Sei que existe uma personalidade!
Como vou saber quem és?
Se estás por trás de um 'belo' véu?
Como vou saber quem és?
Se não se mostras como realmente é?
Estamos presos à escuridão,
Presos a algo que nos faz sentir 'bem'...
Algo belo, negro e confortável...
Algo que não existe,
Pois é ausência de cor...
Ausência de personalidade,
Ausência de um ser...
Quem poderá romper este véu?
Apenas a consciência...
A consciência da prisioneira...
E sendo a decisão, escuridão,
As larvas vão devorando-o lentamente,
Até que se possa ver o real ser,
A real face...
E pena destas pobres pessoas,
Que deixam as larvas do destino destruírem este véu...
Que nunca puderam vislumbrar a aurora,
O perfume das flores,
A cor da vida,
E a brisa refrescante...
Pena destas pobres pessoas,
Que são escravas da escuridão...
Autor (a): Marysa Cortês em 06/01/2012